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O que são os transtornos dissociativos?

  • ivanizoia
  • 4 de nov.
  • 2 min de leitura


Os transtornos dissociativos são condições psicológicas que envolvem uma desconexão entre aspectos da consciência, como memória, identidade, percepção e emoções. Em outras palavras, é como se partes da mente deixassem de se comunicar plenamente entre si.

Essa fragmentação costuma aparecer como uma forma de proteção diante de experiências traumáticas intensas. Ao “se desligar” da dor emocional, a mente tenta preservar o indivíduo de um sofrimento insuportável, criando uma distância entre ele e o que aconteceu.

Apesar de ainda serem pouco compreendidos, esses transtornos podem ser tratados. Com acompanhamento psicológico adequado, é possível reduzir os sintomas, fortalecer o senso de identidade e promover maior integração interna


O que pode causar os transtornos dissociativos?

Os transtornos dissociativos costumam ter origem em experiências traumáticas, especialmente na infância. Situações de abuso físico, sexual ou emocional, negligência, abandono ou exposição contínua à violência podem sobrecarregar o sistema emocional da criança.


Nesses casos, a dissociação funciona como um mecanismo de defesa: a mente se “desliga” da realidade para suportar o sofrimento, criando uma espécie de distância entre a pessoa e a dor vivida.


Embora o trauma seja o principal fator, outros elementos também podem contribuir para o desenvolvimento desses transtornos, como:

• Experiências traumáticas na vida adulta — acidentes graves, guerras, sequestros ou desastres naturais;

• Histórico familiar de transtornos mentais, indicando vulnerabilidade genética ou emocional;

• Ambientes familiares instáveis, marcados pela falta de apoio afetivo e validação emocional;

• Dificuldades emocionais não tratadas, como ansiedade, depressão ou estresse pós-traumático


Principais tipos de transtornos dissociativos

Os transtornos dissociativos podem se manifestar de diferentes formas, variando em intensidade e impacto na vida da pessoa. Segundo o DSM-5, os principais tipos são:


1. Amnésia dissociativa

Caracteriza-se pela perda de memória relacionada a eventos traumáticos ou muito estressantes. Em alguns casos, a pessoa também pode entrar em “fuga dissociativa” — quando esquece sua identidade e chega a iniciar uma nova vida temporariamente, sem perceber.


2. Transtorno dissociativo de identidade (TDI)

Antigamente conhecido como “transtorno de personalidade múltipla”, ocorre quando o indivíduo manifesta duas ou mais identidades distintas, cada uma com suas próprias lembranças, comportamentos e formas de agir. Está fortemente ligado a traumas graves e repetitivos na infância.


3. Transtorno de despersonalização/desrealização

Envolve episódios de sensação de estar fora do próprio corpo (despersonalização) ou de perceber o mundo como irreal ou distorcido (desrealização). Apesar do desconforto, a pessoa mantém consciência de que algo está diferente, sem perder o contato com a realidade.


Há ainda casos que não se encaixam totalmente nessas categorias, chamados de transtornos dissociativos não especificados, em que os sintomas são relevantes, mas não seguem um padrão definido.


Como é realizado o diagnóstico de um transtorno dissociativo?


O diagnóstico de um transtorno dissociativo é feito por um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, por meio de entrevistas clínicas, análise do histórico de vida e avaliação dos sintomas apresentados.






 
 
 

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